Com essa tal matemática
Que querem me ensinar.
Na primeira série me ensinaram a contar,
E que um Mais um são dois.
Eu dizia:
Ah! Mamãe matemática,
Deixa pra depois.
A fugir da matemática,
Dizendo:
Hoje não estou afim,
Prefiro a informática.
Na Quinta série uma coisa me aconteceu,
Conheci uma professora,
Que juro não caiu do céu.
Ela tentava de mostrar,
De todas as maneiras
que a matemática era legal.
Mas eu não acreditava.
Me mostrou então o tabaco,
Oh! perdão o ábaco.
Uma maquina de calcular,
Mesmo assim da matemática não comecei a gostar.
Ela foi mais alem,
Me fez virar professora.
Fiquei desesperada,
Como ensinar a alguém
A bendita da matemática.
Acredito que foi meu maior fiasco,
O ano acabou e eu agradeci,
Não veria mais aquela professora maluca,
Que naquele ano conheci.
E os anos se passaram assim,
Eu não gostando da matemática,
E as professoras de mim.
E quando finalmente achei
que estava livre,
No 1º colegial reencontrei,
Aquela professora maluca,
Que por sua vez,
Me fez ser professora.
Desta vez não seria professora,
Não teria que explicar nada.
Participaria de competições
E seria editora,
De um dicionário,
Adivinha o tema.
Matemática.
Um dicionário matemático.
Neste ano a surpresa,
Criaria um jornal.
Quem teve a idéia,
A professora radical.
E no meio de brigas e discussões,
Alegria e risadas,
Uma de minhas maiores aflições,
É ainda não gostar da matemática..
Vivian Peron (2001)
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