Me vejo presa ente quatro paredes,
pessoas que vejo, pessoas que somem,
ouço em meio ao silêncio, pequenos acordes...
Minha respiração de calma a ofegante,
meus olhos de estáticos à lacrimejantes,
minha tristeza, grande agonia
deixei para fora o prazer, a alegria.
Vários sons que não se definem,
membros gelados que se contraem,
sonhos e desejos que se reprimem,
lábios gélidos que se atraem.
Sons constantes e indecifráveis,
vontade que aos poucos me martiriza
de distantes, hoje inseparáveis,
como o sol e a doce brisa.
Escuto bem lá no fundo, quase que sussurrado ...
meu nome a ser levemente declamado.
Vejo muito distante, quase que intocável
um jovem anjo ... loucura , é improvável.
Devo estar à beira da insanidade,
vejo no rosto de quem mais amo ...
... o doce reflexo da liberdade ...
Extraídas do Diário de Vivian Peron ( 03/04/2003 ... 23hs30 )
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