Eu queria te entender, entender o porque age dessa forma. Uma hora me dá amor, em outra o nega e me nega.
Apresentados do nada, apaixonados de olhares, se fez cativo em mim seu amor, se fez obsessão em você o meu amor.
Das tarde, das noites que passei com você, me restam lembranças, doce lembranças, que hoje não voltam mais com o mesmo prazer, com o mesmo gosto, são árduas e cortantes, amargas e lecrimejantes lembranças.
Das primeiras horas das manhãs em que estive perto, hoje desesperadas horas que no silêncio do meu quarto, no frio da minha cama, no duro do meu travesseiro, eu ... desesperadamente clamo para que fossem novamente reais.
Dos beijos, a cada dia modificados, no começo brincadeiras, no fim completamente apaixonados, desses beijos trago hoje nos lábios o amargo da partida sem despedida.
Meu corpo treme, quando lembro que estive em teus braços, que me aqueceu quando tive frio, que me acalmou quando estive desesperada, que me fez então mulher ... tua mulher ... Pela primeira vez, eu soube o que era o prazer ...
Mas acho que tudo isso de nada serviu para você. Brincou comigo, como se eu fosse um joguete do destino, caído em tuas mãos, fez com que eu te amasse da maneira que jamais amei alguém, para provar que teria o que sempre quis.
A mim nada resta dessa tortura, a não ser as marcas, cicatrizes irreparáveis em meu coração, tão magoado,, calejado e cansado de sofrer por tantas paixões e nunca ter tido realmente um grande amor, a não ser você, que hoje tento desesperadamente esquecer.
Extraídas do Diário de Vivian Peron (2001)
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