Havia me esquecido das lágrimas o sabor.
Elas há muito, haviam me abandonado.
Já não lembrava das peripécias do amor.
Das tristezas e alegrias que tem me transformado.
Me preocupei tanto em me proteger,
em ser aquela que nada atingiria.
No espelho, em meus olhos não podia me reconhecer.
Era reflexo do amargo, passado que de mim refletia.
Me fechei, me isolei, a cada decepção.
Um ser frio, egoísta me tornei.
Deixe-me viver pelas feridas de meu coração.
E nesse passado triste me espelhei.
Vivia cada novo momento,
refletindo no que acontecido ja havia.
Seguindo do passado, o mesmo pensamento.
De que a mim não cabia conhecer a alegria.
Não me orgulho do ser que me transformei,
e desprezo como meu coração tem se comportado.
Tentando não reviver as dores que passei.
Nem sangrar meu coração como no passado.
Mas do que adiantou do mundo me fechar.
E ver em todos o mesmo ser.
Se na realidade, era o amor
Que minha'lma tinha medo.
Mas a vida e o destino tem seus meios,
e em meu triste caminho, fez cruzar.
Um algupem mágico, que iria me curar,
e fazer-me enfrentar meus receios.
Tocando o mais fundo do meu coração.
Fazendo-me lágrimas derrubar.
Devolvendo-me a inspiração,
a coragem e vontade amar.
Nesse instante, a chuva faz a melodia.
me vejo envolvida de eufórica inspiração.
Sinto-me banhada de uma imensa alegria,
descompassado bate esse tolo coração.
Na alma uma esplendorosa leveza,
nos lábios um doce e novo sorriso.
Observo novamente, ao meu redor a beleza.
E nesse intenso amor meu abrigo.
Foi preciso sua doce perseverança,
para meus negros olhos, a realidade enxergar.
De que nesse amor e em ti, há esperança.
E que esse destruído coração, pode novamente amar.
Extraídas do Diário de Vivian Peron ( 15/07/2010 ... 02hs)
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